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A Esquizofrenia

Veja abaixo as dúvidas mais frequentes que recebemos, se ainda tiver ainda alguma dúvida, fale conosco!
Muitos já ouviram falar nesse transtorno, mas poucos sabem o que a esquizofrenia representa.
Infelizmente, a esquizofrenia é cercada de muitos tabus, preconceitos e estigmas; crenças como “as pessoas com esquizofrenia são violentas e imprevisíveis”, “elas são culpadas pela doença”, “elas têm dupla personalidade”, “elas precisam permanecer internadas”, “preguiçosas” são fruto do desconhecimento e do preconceito.
Mas o que é a Esquizofrenia? É um dos principais transtornos mentais, que acomete 1% da população em idade jovem, entre os 15 e os 35 anos de idade. Caracteriza-se por uma grave desestruturação psíquica, perdendo a capacidade de associar seus sentimentos e emoções com seus pensamentos e ações, o que pode causar crenças irreais, percepções falsas do ambiente e condutas que revelam a perda do senso crítico da realidade. O transtorno pode resultar em dificuldades sociais, seja no trabalho ou relacionamento, e tendem a diminuir a capacidade produtiva da pessoa.
Infelizmente, a esquizofrenia ainda não tem cura, mas com o tratamento adequado e continuado a pessoa poderá voltar a viver uma vida “normal”.

Os sintomas da esquizofrenia podem ser agrupados em três grandes categorias: sintomas positivos, sintomas negativos e sintomas cognitivos.

Os sintomas positivos são comportamentos psicóticos não observados em pessoas saudáveis. Pessoas com sintomas positivos geralmente perdem o contato com a realidade. Estes sintomas vêm e vão. Às vezes eles são graves e outras vezes quase imperceptíveis, dependendo se o paciente está ou não recebendo tratamento. Eles incluem:

Alucinações são coisas que uma pessoa vê, ouve, cheira ou sente mas que ninguém mais consegue ver, ouvir, cheirar ou sentir. Muitas pessoas com o transtorno ouvem vozes. E esse é o tipo mais comum de alucinação referido pelos pacientes. As vozes podem falar com a pessoa sobre seu comportamento, ordenar que a ela faça coisas ou avisar a pessoa de possíveis perigos. Às vezes são várias vozes que falam umas com as outras. Pessoas com esquizofrenia podem ouvir vozes por muito tempo antes que a família e os amigos percebam o problema.

Outros tipos de alucinações incluem ver pessoas e objetos que não existem, sentir cheiros que ninguém mais percebe e sentir coisas como “dedos invisíveis” tocando seu corpo quando não há ninguém por perto.

Delírios são falsas crenças que não fazem parte da cultura daquela pessoa e que não mudam. A pessoa continua acreditando nos delírios mesmo quando outras pessoas provam que suas crenças não são verdadeiras ou lógicas. Pessoas com esquizofrenia podem ter delírios que parecem bizarros, como acreditar que os vizinhos podem controlar seu comportamento por ondas magnéticas. Elas podem também acreditar que as pessoas na televisão estão mandando mensagens especiais para elas, ou que as estações de rádio estão transmitindo seus pensamentos para os outros. Às vezes, eles acreditam que são outra pessoa, como uma figura histórica importante. Elas podem ter delírios paranóides e acreditar que os outros estão tentando ferí-las, como por trapaças, assédio, envenenamento, espionagem, ou conspirando contra elas ou seus entes queridos. Essas crenças são chamadas de “delírios persecutórios”.

Transtornos do pensamento são maneiras não usuais e disfuncionais de pensar. Uma forma de transtorno do pensamento é o “pensamento desorganizado.” Isto se dá quando a pessoa tem dificuldades para organizar seus pensamentos ou conectá-los de maneira lógica. Eles podem falar de uma maneira confusa que é difícil de entender. Outra forma é chamada de “bloqueio do pensamento.” Isto ocorre quando uma pessoa para de falar abruptamente no meio de um pensamento. Quando perguntada por que parou de falar, a pessoa pode dizer que sentiu como se alguém tivesse tirado o pensamento de sua cabeça. Finalmente, uma pessoa com transtorno do pensamento pode inventar palavras sem sentido, chamado de “neologismos.”

Transtornos do movimento podem aparecer como movimentos agitados do corpo. Uma pessoa com este transtorno pode repetir certos gestos sem parar. No outro extremo, a pessoa pode se tornar catatônica. A catatonia é um estado no qual a pessoa não se move ou responde a estímulos de outros. A catatonia é rara hoje em dia, mas era comum quando não havia tratamento para esquizofrenia.

Os sintomas negativos são associados a rupturas com os comportamentos e emoções normais. Estes sintomas são mais difíceis de reconhecer como parte do transtorno e podem ser confundidos com depressão ou outras condições. Estes sintomas incluem os seguintes:

  • “Embotamento afetivo” (a face da pessoa não se move ou ela fala com uma voz monótona sem expressar emoções)
  • Ausência de prazer no dia-a-dia
  • Ausência de capacidade em iniciar ou manter atividades planejadas
  • Falar pouco, mesmo quando forçado a interagir.

Pessoas com sintomas negativos necessitam ajuda com as tarefas da vida diária. Frequentemente negligenciam a higiene pessoal básica. Isto pode fazer com que pareçam preguiçosos ou que não querem ajudar a si mesmos, mas estes problemas na verdade são sintomas causados pela esquizofrenia.

Os sintomas cognitivos são muito sutis. Como os sintomas negativos, os sintomas cognitivos podem ser difíceis de reconhecer como parte da doença. Frequentemente eles só são detectados quando são feitos testes para isso. Os sintomas cognitivos incluem os seguintes:

  • “Funcionamento executivo” pobre (a habilidade de entender informações e usá-las para tomar decisões)
  • Problemas para focar ou prestar atenção
  • Problemas com a “memória de trabalho” (a habilidade de usar informações imediatamente após ter aprendido).

Os sintomas cognitivos muitas vezes fazem com que seja difícil levar uma vida normal ou ganhar a vida com trabalho. Eles podem causar um grande sofrimento emocional.

A esquizofrenia acomete homens e mulheres igualmente. Ela ocorre em taxas semelhantes em todos os grupos étnicos no mundo. Sintomas como alucinações e delírios geralmente aparecem entre os 16 e 30 anos de idade. Os homens tendem a manifestar os sintomas um pouco mais cedo que as mulheres. Na maioria das vezes, a esquizofrenia não começa depois dos 45 anos. A esquizofrenia raramente ocorre em crianças, mas a atenção para as esquizofrenias de início na infância tem aumentado.

Pode ser difícil diagnosticar a esquizofrenia em adolescentes. Isto porque os primeiros sinais podem ser mudança de amigos, queda nas notas, problemas no sono e irritabilidade — comportamentos comuns entre os adolescentes. Uma combinação de fatores pode predizer a esquizofrenia em até 80% dos jovens que apresentem alto risco de desenvolver a doença. Estes fatores incluem isolamento pessoal e evitação do contato com outras pessoas, um aumento de pensamentos incomuns e uma história familiar de psicose. Em jovens que desenvolvem a doença, este estágio é conhecido como período “prodrômico.”

A grande maioria das pessoas com transtorno mental não apresenta comportamento que coloca em risco a sua vida ou a vida de outros. A proporção de pessoas que cometem crimes entre os portadores de transtorno mental é menor que a proporção de pessoas que cometem crimes na população em geral. É preciso, portanto, desconstruir esse preconceito de que os chamados “loucos’” são necessariamente perigosos.

Algumas pessoas que usam drogas apresentam sintomas semelhantes aos da esquizofrenia. Assim, pessoas com esquizofrenia podem ser confundidas com pessoas sob o efeito de drogas. A maioria dos pesquisadores não crê que o uso de drogas cause esquizofrenia. Entretanto, pessoas com esquizofrenia tem muito mais chance de terem problemas com o abuso de álcool e drogas que a população geral.

O abuso de substâncias pode tornar o tratamento da esquizofrenia menos efetivo. Algumas drogas, como a maconha e estimulantes, como anfetaminas e cocaína, podem piorar os sintomas. De fato, as pesquisas têm mostrado crescentes evidências sobre a ligação entre a maconha e os sintomas da esquizofrenia. Somado a isso, pessoas que abusam de drogas são menos propensas a seguir um plano de tratamento.

A dependência de nicotina é a forma mais comum de abuso de substâncias em pessoas com esquizofrenia. Eles possuem um índice 3 vezes maior de dependência de nicotina que a população geral (75 a 90% vs. 25 a 30%).

A relação entre tabagismo e esquizofrenia é complexa. Pessoas com esquizofrenia parecem levadas a fumar e os pesquisadores estão explorando se existe uma base biológica para esta necessidade. Somado aos seus problemas de saúde já conhecidos, muitos estudos demonstraram que fumar pode tornar os medicamentos antipsicóticos menos eficazes.

Abandonar o hábito de fumar pode ser muito difícil para portadores de esquizofrenia porque a abstinência de nicotina pode piorar os sintomas psicóticos por um tempo. Estratégias como o uso de reposição de nicotina podem ajudar os pacientes a abandonarem o vício. Os médicos que tratam pacientes com esquizofrenia devem estar atentos à resposta às medicações antipsicóticas se o paciente decide começar ou parar de fumar.

Os especialistas acreditam que a esquizofrenia é causada por diversos fatores.

Genes e ambiente. Os cientistas há muito tempo sabem que a esquizofrenia ocorre em famílias. A doença ocorre em 1% da população geral, mas ocorre em 10% das pessoas que têm um parente de primeiro grau com o transtorno, como um pai ou mãe, irmão ou irmã. Pessoas com parentes de segundo grau (tios, tias, avós ou primos) com a doença também tem uma chance maior do que as pessoas da população geral. O risco é maior para um gêmeo idêntico de alguém com esquizofrenia. Ele ou ela tem 40 a 65% de chance de desenvolver a doença.

Nós herdamos nossos genes de ambos os pais. Os cientistas acreditam que diversos genes estão associados com um aumento no risco para esquizofrenia, mas não existe um gene que cause a esquizofrenia por si só. De fato, pesquisas recentes mostraram que pessoas com esquizofrenia tendem a ter um maior índice de raras mutações genéticas. Essas diferenças genéticas envolvem centenas de genes diferentes e provavelmente afetam o desenvolvimento cerebral.

Além disso, é preciso muito mais do que somente genes para causar a doença. Os cientistas acham que a interação dos genes com o ambiente é necessária para o surgimento da esquizofrenia. Muitos fatores ambientais podem estar envolvidos, como exposição à vírus ou desnutrição antes de nascer, problemas durante o parto e outros fatores psicossociais desconhecidos.

Diferenças na química e estrutura cerebral. Os cientistas acham que um desequilíbrio nas reações químicas complexas e interligadas do cérebro envolvendo os neurotransmissores dopamina e glutamato, e possivelmente outros, exerce um papel importante na esquizofrenia. Neurotransmissores são substâncias químicas que ajudam as células do cérebro comunicarem-se umas com as outras. Os pesquisadores ainda estão aprendendo sobre a química cerebral e sua ligação com a esquizofrenia.

A esquizofrenia se manifesta de várias formas. Comportamento hiperativo, que pode ser iniciado na infância como desatenção, dificuldades de memória e aprendizado, sintomas de ansiedade (inquietação, somatizações, como taquicardia, palpitações e falta de ar), desânimo, desinteresse generalizado e humor depressivo.
Por outro lado, é possível que a pessoa desperte um interesse incomum por temas exóticos, místicos, religiosos, astronômicos ou filosóficos, que passam a dominar o seu cotidiano. A pessoa com esquizofrenia começa a questionar sua existência, ou pode se envolver com explicações filosóficas sobre coisas simples da vida, ou uma necessidade permanente de buscar significados. Esse envolvimento excessivo com temas possíveis ou bizarros costumam deixar a pessoa mais isolada socialmente. É ainda comum que a pessoa apresente dificuldade ou descontinuidade de atividades regulares, seja na escola, em cursos, no trabalho, no esporte ou no lazer. Mesmo com os familiares, podem desenvolver um comportamento mais arredio, com momentos de explosão de raiva ou descontrole emocional diante de situações em que se esperaria maior desenvoltura para resolver os problemas.
Já os pacientes com início mais precoce ou formas mais graves da esquizofrenia podem apresentar sinais neurológicos, como tiques faciais, prejuízo dos movimentos mais finos, deixando-os mais desajeitados ou estabanados, trejeitos e movimentos mais bruscos e descoordenados, aumento da frequência de piscar os olhos e desorientação direita-esquerda.
A maioria das pessoas com transtornos mentais tem condições de tomar as suas decisões e de ter autonomia sobre as suas vidas se tratada em um projeto terapêutico humanizado e individualizado, valorizadas como cidadãos e sujeitos de sua própria história. Contudo, existem situações em que precisam de proteção em face da incapacidade temporária de reger os seus próprios atos.
É necessário procurar um médico psiquiatra. O profissional irá realizar os testes essenciais para verificar a presença do transtorno. Também é possível encontrar os serviços públicos de assistência psiquiátrica, como o CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) e hospitais especializados. É importante salientar que o diagnóstico por vezes leva meses e até mesmo anos. Como dito anteriormente, conforme o estágio do paciente ele pode apresentar variações no comportamento não sendo possível um diagnóstico preciso uma vez que o CID para a doença é extenso.

Sim! O tratamento ideal deve envolver o psiquiatra que irá ministrar medicamentos, também precisa ser acompanhado por psicoterapêutas, terapeutas ocupacionais e acima de tudo e o mais importante conscientização da família, amor, paciência, informação sobre a doença, o que ela modifica na vida da pessoa com esquizofrenia e da família, isso acaba por absorver a maior parte das tensões geradas pela doença.
É de extrema importância que o paciente realize o tratamento continuamente. Acontece que muitos dos pacientes abandonam o tratamento devido aos pensamentos persecutórios, falta de conscientização, aceitação da doença, desconforto com os efeitos colaterais das medicações, além de alguns perderem a esperança no tratamento. Outros têm vergonha decorrentes do preconceito e estigma associados à doença. Por isso, é essencial o apoio da família para que não permita que o paciente desista do tratamento e se entregue a doença.
Sem dúvidas, a medicação é o alicerce principal do tratamento da esquizofrenia. São os medicamentos que controlam as crises e ajudam a prevenir as recaídas; os mais importantes para o tratamento da esquizofrenia são os antipsicóticos (antes chamados de neurolépticos).

E a internação? Tenha em mente que a pessoa com esquizofrenia não deve ser necessariamente hospitalizado. O tratamento deve ser primariamente na comunidade, junto da família. Há outras formas de tratamento que devem ser levadas em consideração, inclusive outros locais que podem auxiliar no
tratamento tais como hospitais-dia, ambulatórios e consultórios particulares. Interessante que a recuperação pode ser melhor se o paciente não perder a interação social. Por outro lado, quando necessária, a internação é importante para garantir a segurança do paciente e um local adequado para se recuperar da crise.

Intervenções psicossociais? Essas devem fazer parte do tratamento, fornecendo informação, apoio e terapia através de vários tipos de serviços e técnicas, tais como: psicoterapia individual ou em grupo, terapia ocupacional, grupos de convivência, suporte vocacional, programas de trabalho e moradia assistidos e intervenções familiares.

Sem dúvidas! Os pais são geralmente os mais afetados pelo diagnóstico, já que são os responsáveis pela pessoa com o transtorno e que terão que cuidar diariamente, por isso é aconselhável que os genitores procurem orientações de
um profissional qualificado para ajudarem a lidar com a situação.
Acompanhamento terapêutico, como a psicoterapia, pode ser indicado para auxiliar os genitores na compreensão do que está acontecendo e do que estão sentindo, inclusive acolhendo sentimentos comuns, como negação, raiva, rejeição, culpa, frustração, ressentimento etc.
Lembre-se que quando os pais estão bem consigo mesmo eles podem ajudar ainda mais seus filhos.

Sim, a esquizofrenia pode ser considerada tanto uma doença mental quanto uma deficiência mental quando esta incapacita suas atividades laborais, profissionais, pessoais o que chamamos de sintomas negativos e positivos da doença. Na deficiência mental há uma limitação no desenvolvimento das funções necessárias para compreender e interagir com o meio, enquanto que na doença mental, essas funções existem, mas ficam comprometidas pelos fenômenos psíquicos aumentados ou anormais.

A curatela é indicada quando a pessoa, devido à condição de saúde mental, não consegue tomar decisões importantes sobre sua vida. No caso da esquizofrenia, isso pode acontecer em momentos de crise ou quando há comprometimento duradouro da capacidade de entendimento e julgamento.

A curatela é uma medida judicial que permite que um familiar (ou pessoa de confiança) represente o paciente em decisões relacionadas à saúde, administração de bens e outras questões civis. Ela pode ser total ou parcial, dependendo do grau de autonomia da pessoa.

O pedido deve ser feito ao Judiciário, com apresentação de relatórios médicos, e será analisado por um juiz com o apoio de perícia. O objetivo não é retirar direitos, mas proteger o paciente e garantir que suas decisões sejam tomadas com segurança e responsabilidade.

A continuidade do cuidado é um direito garantido. Tanto o SUS quanto os planos de saúde devem assegurar atendimento regular e adequado, com equipe multiprofissional (psiquiatra, psicólogo, terapeuta, entre outros). Interrupções injustificadas de tratamento — por falta de vagas, descredenciamento ou ausência de profissionais — podem ser questionadas legalmente.

Não. Os planos de saúde são obrigados a cobrir tratamentos de transtornos mentais, inclusive a esquizofrenia. Isso inclui consultas, terapias, internações e medicamentos, conforme prescrição médica. Em caso de negativa, é possível recorrer judicialmente.

Sim. Medicamentos essenciais ao tratamento da esquizofrenia, como antipsicóticos, estabilizadores de humor e antidepressivos, podem ser fornecidos pelo SUS. Mesmo que o medicamento necessário não esteja nas listas oficiais (como a Rename), é possível buscar esse direito judicialmente — desde que alguns critérios sejam cumpridos:

  • Relatório médico detalhado e fundamentado, indicando que o medicamento é indispensável ao tratamento e que os disponíveis pelo SUS foram ineficazes ou causaram efeitos adversos relevantes;
  • Registro do medicamento na Anvisa, garantindo sua regularização sanitária no Brasil;
  • Demonstração de que o paciente não tem condições financeiras de arcar com o custo do medicamento;
  • Tentativa prévia de acesso via SUS, como solicitação formal e negativa documentada, quando possível.

 

Sim. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) estabelece prazos máximos para atendimento. Para consultas com psicólogos, psiquiatras e outros profissionais, o prazo é de até 10 dias úteis. Exames simples devem ser autorizados em até 3 dias úteis, e procedimentos de alta complexidade (como internações) em até 10 dias. Em casos de urgência ou emergência, o atendimento deve ser imediato. Se o plano descumprir esses prazos, o beneficiário pode registrar reclamação na ANS e, se necessário, buscar auxílio jurídico.

São aquelas que colocam em risco a saúde do paciente ou contrariam indicação médica sem justificativa técnica adequada. Exemplos comuns incluem: negar medicamentos registrados na Anvisa, limitar sessões de psicoterapia sem avaliação clínica, recusar internações urgentes ou negar cobertura por ausência no Rol da ANS, mesmo havendo prescrição. Essas recusas podem ser consideradas abusivas pelo Judiciário e gerar não só o dever de cobertura, como também indenizações por danos morais, em casos mais graves.

Não, para se aposentar é necessário ser segurado do INSS, isso quer dizer que deve ser um contribuinte mensal (pagamento mensalmente a contribuição previdenciária por meio de carteira assinada, carnê de contribuição ou guia emitida do site da previdência social).

Não, para ter direito a um benefício por incapacidade você deve ser segurado, ter a qualidade de segurado, atingir a carência mínima que é de 12 contribuições mensais para, aí sim, em ficando incapaz para o trabalho, ter direito a concessão do benefício por incapacidade.

Hoje após a reforma da previdência EC 103/2019, para se aposentar por idade, a mulher deve ter 62 anos de idade e 15 anos de contribuição no mínimo, e o homem para se aposentar por idade deve ter 65 anos de idade e 20 anos de contribuição no mínimo. Aos segurados já no sistema antes de novembro de 2019 se faz necessário um parecer previdenciário para saber em quais das regras de transição esse segurado poderia se encaixar.

Sim, os filhos via de regra são dependentes dos pais até os 21 anos de idade, após essa idade é necessário comprovar que existe deficiência física, mental ou intelectual que o deixe dependente dos pais, nesse caso é possível mediante procedimento específico se pedir a averbação do filho maior como dependente dos pais para fins de pensão futura.

Importante destacar que, embora seja um benefício pago pelo INSS ele não é um benefício previdenciário, mas sim um benefício da assistência social. Para ter direito ao BPC alguns requisitos devem ser cumpridos, ter idade avançada, 65 anos ou mais, tanto para homens como mulheres, ou deficiência de longo prazo (2 anos ou mais) e estar em situação financeira vulnerável, inscrição no Cadúnico do CRAS de sua região e ter renda per capita que não ultrapasse a ¼ do salário mínimo por membro do grupo familiar. No entanto, cada caso merece ser analisado em seu particular, por isso a importância de ter acesso a bons profissionais para que essa análise seja feita.

A partir dos 16 anos de idade, se você exercer atividade remunerada irá ser segurado mediante a assinatura da carteira de trabalho ou o pagamento de carnê de contribuição (atividade autônoma). Caso não exerça atividade remunerada você poderá se inscrever junto ao INSS como segurado facultativo com os mesmos direitos.

Ficou com alguma dúvida? Fale conosco.