Cordão de Girassol – Agora é Lei !


Em 17 de julho de 2023, foi promulgada uma nova alteração na Lei Brasileira de Inclusão, que traz uma importante mudança:

A partir de agora, o cordão de girassol, que simboliza as “deficiências ocultas”, passa a ser reconhecido como um símbolo nacional de identificação para pessoas com esse tipo de deficiência. Essa modificação está registrada no Artigo 2º-A da LBI.

É importante ressaltar que o uso do cordão de girassol é opcional, e sua ausência não afeta o direito ao exercício dos direitos e garantias previstos em lei. Além disso, é válido destacar que o uso do símbolo não dispensa a apresentação de um documento comprobatório da deficiência, caso seja solicitado pelo atendente ou pela autoridade competente.

Embora as pessoas que vivenciam deficiências ocultas possam não apresentar sinais óbvios, isso não significa que não enfrentam desafios significativos em suas vidas diárias.

As deficiências invisíveis podem impactar diferentes aspectos da vida das pessoas, como o desempenho acadêmico, o funcionamento social, a capacidade de concentração, a saúde emocional e a qualidade de vida geral.

No entanto, essas condições podem ser menos compreendidas ou até mesmo negligenciadas, uma vez que podem não ser visíveis externamente.

É importante aumentar a conscientização sobre as deficiências ocultas, para haver uma compreensão e apoio adequados para as pessoas que vivenciam essas condições.

O uso desse cordão tem sido uma maneira de promover a conscientização e a aceitação dessas deficiências, buscando criar uma sociedade mais inclusiva e acolhedora.

MÃES DESTAQUES NO MÊS DE MAIO – CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE A ESQUIZOFRENIA


Todos nós podemos fazer a diferença. Uma mãe que ganha voz ecoa longe ! A AMME leva amor ao nome, amor e dedicação nestas que encontram na dor a oportunidade de levar seu conhecimento empírico. Você também pode fazer a diferença. Faça como as mães da AMME – ecoe para todos os cantos que: Esquizofrenia. Sim, é possível conviver e viver!

Maria Cardoso de Montanha – ES, tem feito um trabalho exemplar e tem se destacado não apenas em seu município mas se estendendo pelo estado. Sua dedicação levou a um convite do Secretário de Saúde para participar da Conferência Nacional da SAúde, na temática: Garantir Direitos e Defender o SUS, a Vida e a Democracia – Amanhã vai ser outro dia.

PARABÉNS!!!!!

 

Juliana – mãe da AMME, pelo segundo ano consecutivo procurou a Câmara Municipal de Conselheiro Lafayete – MG e através de audiência pública conseguiu falar sobre as demandas da saúde mental, em particular, sobre esquizofrenia.

Josiane Moises – vice-presidente da AMME que por mais um ano tem atuado grandemente em SC. Conseguiu vários eventos com setores diversos da saúde mental para também quebrar estigmas e levar conhecimento.

 

Maria Vita de Neponucemo – MG que procurou no Legislativo a oportunidade para falar sobre a Esquizofrenia. Também foi rezada uma missa pelo Dia da Pessoa com Esquizofrenia.

MAIO VERDE – Semana de Conscientização sobre a Esquizofrenia


A AMME esteve presente em diversas Universidades na cidade de Curitiba. Foram mais de 950 alunos dos cursos de psicologia, enfermagem e biomedicina onde pudemos levar informações a respeito da esquizofrenia , percebemos o quanto é uma doença pouco conhecida nos seus sintomas e enfrentamentos da doença, tanto por parte do paciente como de seus familiares.

Fomos convidadas a dar palestra na Superintendência da Polícia Federal no Paraná e ficamos honradas por falarmos a este público que sofre com pressão levando muitos ao adoecimento mental.

Palestrantes: Sarah Nicolleli – Presidente da AMME e Fernanda Zita – Enfermeira Psiquiátrica  e voluntária da AMME

No dia 24 de maio – Dia Internacional da Pessoa com Esquizofrenia, tivemos uma ação na Rua XV de Novembro, um dos pontos turísticos e de principal acesso da população, onde compareceram psicólogos, coordenadoria da saúde mental da Prefeitura, equipe da TRIAL TECH Pesquisa, Vereador Pier e voluntários da AMME.

A conscientização não se faz apenas no mês de maio, ela deve permanecer constantemente para que a sociedade passe a respeitar o indivíduo acometido por esquizofrenia e também quebrar estigmas e preconceitos.

 

CURSO FORMAÇÃO DE MULTIPLICADORES


https://www.even3.com.br/esquizofreniaconhecerparacuidar/

A Associação Mãos de Mães de Pessoas com Esquizofrenia (AMME), em parceria com o TEVA Laboratório, quer te convidar para participar do Programa Conhecer para Cuidar, que tem como objetivo formar multiplicadores de conhecimentos requeridos para melhoria da qualidade de vida entre os familiares de pessoas com esquizofrenia, cuidadores, profissionais da educação, saúde e segurança pública.
A oportunidade será oferecida de forma online e gratuita, com direito ao certificado de participação. Faça sua inscrição nesta data para ter acesso ao curso, a partir do dia 24 de maio.

Aguardamos vocês!
Sarah Nicolleli
Presidente da AMME

https-www-even3-…-multiplicadores/

AMME NO FANTÁSTICO


A AMME participou do FANTÁSTICO para falar sobre a Esquizofrenia, nova pesquisa para funções cognitivas e também sobre a rede de apoio que oferece a nivel nacional para os familiares. É urgente que levemos à sociedade tudo que envolve a esquizofrenia, não apenas as dificuldades mas também as superações e novas pesquisas. É difícil para nós? sim, muito. Mas a AMME não irá parar até conseguirmos levar nossas reais demandas. De momento, já estamos aos poucos levando conhecimento aos que estão ainda na escuridão.

Assista a reportagem na íntegra: https://globoplay.globo.com/v/11321629/

AMME recebe o PRÊMIO HUMANIZAR A SAÚDE


Pela primeira vez no Brasil, o Prêmio Humanizar a Saúde teve como objetivo reconhecer e apoiar projetos inovadores e inspiradores de organizações sem fins lucrativos que humanizem o cuidado, melhorando a vida de pacientes e de seus familiares.

O programa selecionou quatro iniciativas que focaram na melhoria e na experiência dos pacientes e de seus cuidadores em doenças raras, doenças onco-hematológicas, distúrbios do movimento, saúde mental e dor crônica.

No dia 29/novembro foi realizada a cerimônia de premiação virtual com anúncio dos 4 projetos vencedores do Prêmio 2022. Veja a lista abaixo das organizações contempladas:

– ABRALE (Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia) – Projeto Dodói – Humanizando o Tratamento de Câncer Infantil
– ABH (Associação Brasil Huntington) – Vamos Falar Sobre DH – Rede de Apoio Psicológico para a Doença de Huntington
– AMME (Associação Mãos de Mães de pessoas com Esquizofrenia) – Curso de Multiplicadores
– Instituto Jô Clemente – Divina Dieta Cesta Especial

Os quatro projetos foram selecionados por meio de votação entre os funcionários da empresa e cada um deles recebeu o valor bruto de R$50 mil para investimento nas iniciativas em benefício de milhares de pacientes.

Obrigada, TEVA, por acreditar na AMME!

*na foto, da esquerda para direita

Josiani Pierre – Vice-Presidente da AMME

Sarah Nicolleli -Presidente da AMME

Rafael – Embaixador da TEVA

Mariana Antunes – Gerente de Patient Advocacy

Dra Arcangela -TEVA

A AMME solicita inclusão da pessoa com Esquizofrenia no ENEM


Em 23 de novembro deste ano, a AMME, representada pela mãe Elisangela Alves, apresentou ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais –  INEP solicitação de Inclusão de Pessoas com Esquizofrenia no ENEM, entregue em mãos a Diretoria de Acessibilidade.

É sabido que fazer uma prova para vestibular , ENEM já é estressante e para quem tem um transtorno mental é ainda mais complexo, pois a pessoa é tomada por grande ansiedade assim como estar em sala com um número significativo de pessoas pode ocasionar uma crise. Outro entrave são os medicamentos que podem afetar o movimento psicomotor, dificultando a escrita e da mesma forma a pessoa apresenta dificuldades cognitivas. Por estas especificidades, a  AMME pleiteou a possibilidade de pessoas com esquizofrenia realizarem o exame de modo totalmente digital, sobretudo a redação, e que também haja a permissão do acompanhamento familiar ou de alguém habilitado para prestar-lhes assistência, em caso de necessidade.

É importante que tenhamos atitudes como a colaboradora da AMME e mãe, Elisangela, que trabalha na área da Educação, trazendo esta iniciativa que poderá mudar a vida de muitos alunos com esquizofrenia.

Seja você também a pessoa a fazer a diferença!

Dicionário Anticapacitismo


Para combater o preconceito contra a esquizofrenia e levar informação de qualidade à sociedade, nos unimos ao Programa de Esquizofrenia (PROESQ), à Associação Mãos de Mães de Pessoas com Esquizofrenia (AMME) e à Associação de Crônicos do Dia a Dia (CDD) para a realização de mais uma fase da campanha Ouçam Nossas Vozes.

Neste ano, o foco é a discussão sobre a linguagem inclusiva em saúde mental, com o lançamento do “Dicionário Anticapacitista em Saúde Mental”, que trata sobre o capacitismo, ou seja, a discriminação de pessoas com deficiência e/ou transtorno psiquiátrico¹.

O dicionário conta com uma série de expressões, como “surtado(a), “lunático(a), “retardado(a)” e “maníaco(a)”, que costumam ser associadas pejorativamente a quem vive com a esquizofrenia e outras condições psiquiátricas, reforçando o preconceito e o estigma em torno das doenças mentais. No carrossel, você confere algumas delas.

Para fazer o download do “Dicionário Anticapacitista em Saúde Mental”, basta acessar o link da nossa bio. Marque aquelas pessoas que podem tem interesse neste conteúdo e nos ajude a ampliar essa conversa tão importante!

#ParaTodosVerem: esse conteúdo possui texto alternativo.
#JanssenBrasil #Esquizofrenia #OucamNossasVozes

Referência:
1 O que é o capacitismo e como ele se apresenta na sociedade. Fundação Telefônica Vivo. Disponível em: https://fundacaotelefonicavivo.org.br/noticias/o-que-e-o-capacitismo-e-como-ele-se-apresenta-na-sociedade

Estudo mundial encontra fatores genéticos que explicam a causa da esquizofrenia


A explicação da causa da esquizofrenia teve um grande avanço. Com base em um estudo mundial inédito, pesquisadores analisaram milhares de amostras de genomas humanos e observaram 120 variações genéticas que podem estar associadas diretamente com a doença psiquiátrica. Grande parte dessas variações, segundo estimativas, pode representar até 24% para o desenvolvimento do distúrbio.

A pesquisa foi publicada na prestigiosa revista Nature e foi realizada pelo PGC (Consórcio de Genômica Psiquiátrica, na sigla em inglês). A investigação contou com milhares de pesquisadores ao redor do mundo. No Brasil, um grupo de psiquiatras e biomédicos da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) fez parte do estudo.

Em razão do caráter global, a pesquisa teve o feito inédito de compilar o maior número de amostras globais de genomas humanos para análise voltada à esquizofrenia. No total, mais de 300 mil dessas amostras compuseram o grupo experimental (que tem a doença) e o controle (que não tem esse diagnóstico).

A maior parte do estudo se concentrou na análise de variantes comuns, aquelas que são normais de acontecer na população e, por isso, não são consideradas mutações.

“Essas variantes comuns diferem em uma única base do DNA, que é formado por quatro bases —adenina, timina, guanina e citosina. Essas bases se intercalam por toda a sequência genética, mas em alguns pontos específicos do nosso genoma essas localizações podem variar de pessoa para pessoa. Então, enquanto naquela mesma posição eu tenho uma adenina, alguém pode ter guanina. É isso que faz com que elas sejam diferentes”, afirma Sintia Belangero, professora do departamento de morfologia e genética da Unifesp e uma das pesquisadoras principais do artigo.

Esse tipo de análise voltada para variantes comuns consiste principalmente em associá-las com algum traço que os pesquisadores desejam investigar —nesse caso, foi a esquizofrenia—, comparando entre os grupos controle e experimental que compõem o estudo.

A partir daí, foi possível observar as regiões do genoma envolvidas com a doença. O estudo encontrou, no total, 287 dessas regiões para a esquizofrenia.

Após isso, os pesquisadores ainda realizaram outras análises nessas regiões a fim de identificar quais genes que realmente teriam associação com a origem da doença, a fim de precisar mais os fatores relacionados ao distúrbio. “Região é como se fossem bairros, e os genes são as ruas”, exemplifica a pesquisadora.

Uma das metodologias feitas para essa parte da pesquisa é chamada de randomização mendeliana, em que é feito um mapeamento fino que permite tanto observar as regiões quanto “inferir causalidade, ou seja, qual dos genes têm uma relação causal com a doença”.

Com técnicas como essas, os pesquisadores conseguiram identificar os 120 genes que realmente têm uma associação forte com a esquizofrenia e que podem explicar até 24% da sua etiologia (causa de uma doença).

“Em média, 80% da causa da esquizofrenia é atribuída a questões genéticas. Um forte contribuinte são essas variantes comuns que foram investigadas no estudo e, por meio de cálculos, chegou-se à estimativa de que elas abrangem até 24% desse total de 80%”, diz a professora.

As ferramentas de que o estudo lançou mão também possibilitaram identificar que os 120 genes atuam principalmente nos neurônios, importantes células do cérebro. Essa descoberta, segundo Belangero, evidencia ainda mais a relação entre os genes e a esquizofrenia já que eles são expressos basicamente em células cerebrais podem reforçar a associação com a doença psiquiátrica.

No entanto, além das variantes comuns, uma parte do estudo também investigou a questão daquelas consideradas variantes raras, ou seja, que são mutações.

Nesse caso, foi necessário realizar sequenciamento de DNA dos genomas, um método diferente daquele de associação realizado para as alterações comuns.

Foi por meio dessa análise que os cientistas encontraram outro ponto interessante: as mutações associadas à esquizofrenia eram semelhantes às vistas no autismo.

“Esses genes que encontramos nesse artigo já foram descritos como envolvidos com o autismo, fazendo com que esse seja mais um indício de que a esquizofrenia tem um compartilhamento genético com essa outra doença”, afirma Belangero.

As descobertas feitas pela pesquisa, além de serem um importante avanço para entender as causas da esquizofrenia, podem ser úteis no futuro para a prática médica. Atualmente, diz Belangero, não existem exames médicos para apoiar diagnósticos de doenças psiquiátricas, fazendo com que seja “muito importante entender mais e mais da etiologia [desses distúrbios] para um dia nos aproximarmos de um diagnóstico mais preciso”.

Outro ponto é que investigações para entender a causa de uma doença podem ajudar no avanço da chamada medicina personalizada em que o tratamento é mutável a depender do quadro de cada paciente.

“Embora a esquizofrenia seja tratável, isso não funciona para todo mundo. Então, se conhecermos bem a genética de uma pessoa, é possível desenvolver tratamentos individualizados e personalizados”, complementa a professora.

 

NEM TUDO É SÓ GENÉTICA

O fator genético é o mais importante para explicar a causa da esquizofrenia, mas não só. “A esquizofrenia é uma doença complexa, ou seja, ela tem fatores genéticos e ambientais envolvidos”, afirma Belangero. É justamente por essa razão que não é possível fincar que as descobertas feitas no estudo são os únicos fatores para alguém desenvolver a esquizofrenia.

Os aspectos ambientais, por exemplo, envolvem diversos tipos, como desenvolvimento da pessoa durante a infância, contexto urbano em que vive e, principalmente, o uso excessivo de maconha.

Mesmo que eles sejam importantes para entender outro lado da causa da doença, Belangero ressalta que eles continuam secundários. “Os fatores ambientais para esquizofrenia são importantes, mas sabemos que a maior contribuição mesmo é genética”, conclui.

 

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